Figurino: Condessa Luisa | Nos Tempos do Imperador
E hoje falaremos sobre a mulher que roubou os pensamentos de D. Pedro II (Selton Mello), Luisa (Mariana Ximenes) a famosa Condessa de Barral, veja os vestidos (do século XIX) e descubra quem foi esta intrigante personalidade da época, retratada na novela Nos tempos do Imperador.
Nesta somos apresentados a D. Pedro II (Selton Mello), já casado e pai de duas meninas. Detalhe que muitos dos problemas expostos na época do primeiro Pedro, ainda existiam durante o reinado de seu filho.
Ela tinha um irmão um ano mais novo, que morreu ainda criança, anos mais tarde mãe dela Maria Portugal faleceu no parto do terceiro filho a criança também não sobreviveu.
Após a morte da mãe ela passou a adotar o preto em suas roupas , no século 19 (XIX) era comum as pessoas guardarem o luto, ao perderem alguém próximo, mas por um período de no máximo dois anos.
Ela chegou a estudar em Coimbra, onde se formou aos 15 anos (idade na qual ficou órfã de mãe) e também na França onde iniciou faculdade de Matemática.
Enquanto isso seu pai acertou seu casamento com um homem vinte anos mais velho que ela, chamado Miguel Calmon, porém neste meio tempo o Sr. Domingos Borges conhece o Visconde de Barral em uma viagem de navio.
Na época Luisa estava com dezenove anos, o costume era que as mulheres casassem por volta de 16 a 21 anos.
E foi com esta idade limite, que ela se casou com o Visconde de Barral e o casamento não foi arranjado, ambos se gostaram a principio e ela recusou o matrimônio com o Miguel.
Ela continuou a morar em Paris, até que em 1837 a irmã de D. Pedro II, Dona Francisca de Bragança se casa com o Francisco Fernando Órleans (filho do rei da França) e vai morar por lá.
A Luisa por sua vez torna-se professora de etiqueta da princesa Francisca e também sua dama de honra.
Em 1850 ela retorna para o Brasil, com a intenção de visitar seu pai, depois de dezesseis anos de casada, aos trinta e oito anos ela consegue engravidar e tem um menino, durante este período, seu pai faleceu e ela torna-se a dona do engenho.
A Luisa é descrita como uma moça pequena e delicada, muito culta e que tinha a cor preta como característica de seu figurino, após a morte do irmão e da mãe ela entrou em um luto contínuo. Retratos dela vestindo roupas coloridas são raríssimos.
A imagem abaixo é de um passeio de praia e até o início do século XX, as pessoas tinham o costume de ir a esta para caminhar e no máximo, molhar os pés. Isso mudaria a partir da década de trinta, a novela retrata o período de 1856 (século XIX,).
Na Rússia por exemplo isso era proibido, o que levou ao fim da família real. Naquela época apenas princesas e freiras tinham bastante acesso a educação.
- Nos tempos do Imperador
Nesta somos apresentados a D. Pedro II (Selton Mello), já casado e pai de duas meninas. Detalhe que muitos dos problemas expostos na época do primeiro Pedro, ainda existiam durante o reinado de seu filho.
Condessa antes de D. Pedro II
Luisa Margarida Portugal de Barros, nasceu em uma família de aristocratas seu pai Domingo Borges de Barros era diplomata e dono de um engenho.Ela tinha um irmão um ano mais novo, que morreu ainda criança, anos mais tarde mãe dela Maria Portugal faleceu no parto do terceiro filho a criança também não sobreviveu.
Ela chegou a estudar em Coimbra, onde se formou aos 15 anos (idade na qual ficou órfã de mãe) e também na França onde iniciou faculdade de Matemática.
Enquanto isso seu pai acertou seu casamento com um homem vinte anos mais velho que ela, chamado Miguel Calmon, porém neste meio tempo o Sr. Domingos Borges conhece o Visconde de Barral em uma viagem de navio.
Na época Luisa estava com dezenove anos, o costume era que as mulheres casassem por volta de 16 a 21 anos.
E foi com esta idade limite, que ela se casou com o Visconde de Barral e o casamento não foi arranjado, ambos se gostaram a principio e ela recusou o matrimônio com o Miguel.
Ela continuou a morar em Paris, até que em 1837 a irmã de D. Pedro II, Dona Francisca de Bragança se casa com o Francisco Fernando Órleans (filho do rei da França) e vai morar por lá.
A Luisa por sua vez torna-se professora de etiqueta da princesa Francisca e também sua dama de honra.
Em 1850 ela retorna para o Brasil, com a intenção de visitar seu pai, depois de dezesseis anos de casada, aos trinta e oito anos ela consegue engravidar e tem um menino, durante este período, seu pai faleceu e ela torna-se a dona do engenho.
Condessa e D. Pedro II
A Luisa é descrita como uma moça pequena e delicada, muito culta e que tinha a cor preta como característica de seu figurino, após a morte do irmão e da mãe ela entrou em um luto contínuo. Retratos dela vestindo roupas coloridas são raríssimos.
Outro fato é que ela perde o pai (um ano antes) de aceitar trabalhar para a família imperial, o que explicaria a roupa preta ao ser apresentada a D. Pedro II.
Pelo que vimos das imagens divulgadas da novela, a cor verde representa a personagem, aparentemente é a tonalidade mais frequente em seus figurinos, porém na vida real era o preto.
Cena chegada de Luisa |
A rainha Victória fez o mesmo após ficar viúva (ainda no século XIX), passou quarenta anos apenas usando preto (mas isso é história para um outro dia), normalmente o luto durava cerca de dois anos e era tirado aos poucos, vejam que na imagem acima ela veste preto e na foto a seguir, há cor em seu figurino.
O cabelo preso não era uma opção e sim uma obrigação de certa forma, as mulheres soltavam estes apenas na presença dos maridos, perucas serão usadas pelas atrizes, para recriar os penteados.
Por sua vez D. Pedro II almejava se casar com uma princesa Austríaca (país natal de sua mãe), alta, magra e de beleza clássica. A Mariana Ximenes apesar de não ser muito alta, se encaixa neste padrão de beleza, que era do desejo do Imperador. No caso a atriz escureceu os cabelos e os olhos (através de lentes de contatos).
A esposa dele, Tereza Cristina não era feia e muito menos despreparada, ela também teve acesso a educação (afinal ela era uma princesa), porém ela não se encaixava neste padrão de beleza que o Pedro II, idealizou quando solteiro, e ambos tinham gostos e personalidades diferentes.
Infelizmente ele não gostava dela e o casamento foi arranjado e da pior forma possível.
Fatos Políticos da época
D. Pedro II e a dona Tereza Cristina, além de Isabel e Leopoldina, tiveram dois meninos Afonso e Pedro Afonso, ambos faleceram ainda crianças, então na ausência de um filho homem para governar, Pedro decide preparar as filhas para esta função, uma vez que a monarquia brasileira, permitia uma mulher como governante.
No caso da Isabel e da Leopoldina, elas teriam que ser preparadas não apenas para serem esposas de príncipes, mas para liderar um país.
Então D. Pedro II estava a procura de alguém que pudesse educar as filhas, logo sua irmã Francisca, indica a Luisa para o cargo.
Na época ela tinha 40 anos (mesma idade da Mariana Ximenes) e era mais velha que o Pedro II, tinha um filho pequeno e devido a morte de seu sogro, ela já carregava o título de Condessa de Barral.
A ausência da mãe acabou, sendo fato crucial para que a Luisa pudesse estudar fora, afinal naquela época pais não educavam suas filhas ou as ensinavam tarefas domésticas, isso era trabalho para mãe ou preceptoras.
Então D. Pedro II estava a procura de alguém que pudesse educar as filhas, logo sua irmã Francisca, indica a Luisa para o cargo.
Na época ela tinha 40 anos (mesma idade da Mariana Ximenes) e era mais velha que o Pedro II, tinha um filho pequeno e devido a morte de seu sogro, ela já carregava o título de Condessa de Barral.
A ausência da mãe acabou, sendo fato crucial para que a Luisa pudesse estudar fora, afinal naquela época pais não educavam suas filhas ou as ensinavam tarefas domésticas, isso era trabalho para mãe ou preceptoras.
O pai dela era um intelectual e um homem moderno para época, tanto que ele entendeu o fato de não ter um herdeiro homem (assim como D. Pedro II) e que preparar sua filha para o futuro, seria a melhor solução.
D. Pedro II (Selton Mello) também era um homem muito culto, tinha uma personalidade bem diferente do pai, dizem que ele puxou muito da mãe (D. Maria Leopoldina).
E ele simplesmente encontra na Luisa, alguém semelhante a ele, o casal chegou a trocar diários o que era algo muito pessoal. Não existe nenhuma carta, ou prova concreta que eles realmente tiveram um caso amoroso.
MAIS SOBRE A NOVELA:
Alguns historiadores acreditam que o envolvimento dos dois seria algo apenas platônico, outros dizem que este boato de um romance dos dois surgiu com a intenção de denegrir a imagem dele como líder.
O fato é que ambos são personagens históricos, interessantes seja nos livros de escola ou em um enredo de novela das seis.
Referências:
Canal Paulo Rezutti - Vídeo Condessa de Barral
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