O Paciente - Risoleta Neves

Hoje falaremos sobre uma primeira dama que existiu na história Brasileira porém nunca chegou a exercer seu papel, veja um pouco dos figurinos da senhora Risoleta Neves (Esther Goes) no filme O paciente - Caso Tancredo Neves e a caracterização dos personagens.

Quem nos acompanha sabe que adoramos fazer posts sobre looks de primeira damas, já mostramos por aqui o estilo da Marcela Temer (atualmente no cargo), Rosane Collor, no post que fizemos sobre o estilista Denner falamos sobre a Maria Tereza Goulart, última primeira dama antes da Ditadura, vinte anos separam ela da Risoleta Neves. 

Em 1985 em votação (não feita pelo povo) Tancredo Neves, foi escolhido para ser o primeiro presidente do Brasil, após vinte anos de Ditadura Militar, porém ele faleceu antes de conseguir exercer sua função de poder, mesmo ganhando esta. 

O filme O paciente - Caso Tancredo Neves, relata os últimos dias de vida deste presidente, na história conhecemos sua esposa Risoleta Neves (Esther Goes), na época já uma senhora de 68 anos. 

Reparem na foto abaixo o lenço no pescoço da Risoleta e na próxima imagem do filme, um look totalmente diferente porém com este detalhe.  

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Como vocês podem perceber a Esther Goés, atriz que dá vida a Risoleta, não é idêntica a ela porém tem algumas características, como a cor do cabelo e o estilo de se vestir, a serenidade que vemos nas fotos históricas. 

Eles se casaram em 1927, tiveram três filhos e ela faleceu aos 86 anos (em 2003), existe muita pouca coisa sobre ela na internet, durante sua vida com o Tancredo ou após a morte dele, não há relatos dela, apenas que existe um Hospital que leva seu nome Risoleta Tolentino Neves. 

No filme conhecemos uma Risoleta (Esther Goes) que parece neutra diante das decisões do marido, principalmente a teimosia em ser operado, ele começou a se sentir mal dois dias antes da posse (quando o presidente sobe a rampa em Brasilia). 

Atualmente o presidente eleito este ano só subirá ao poder no ano que vem, esse evento é o símbolo do inicio do mandato e o Tancredo estava há dois dias desse momento, no caso dele não houve eleições feitas pela população, os políticos e militares decidiram por ele como presidente, pois era uma pessoa que  aceita pelos dois lados o José Sarney seria o vice, porém este não era bem visto pelos militares.  

Por falar em cargo mesmo não exercendo este oficialmente Risoleta (Esther Goes) apoia o marido nas decisões políticas, como na cena em que ela vai sozinha ao jantar receber os demais chefes de estados (de outros países), o papel dela nesse momento político para manter a calma do povo e controle da situação foi importante. 

Foi a única aparição pública digamos, dela como primeira dama, pelo menos no filme, após a morte do marido, José Sarney governou o país e sua esposa Marly Sarney foi a primeira dama. 

• Caracterização 

Em uma época em que não havia internet, celulares com câmera, uma foto feita por um fotografo jornalistico, foi necessária para manter a calma da população e provar que o Presidente estava vivo e aparentemente bem. 

No caso do ator Paulo Betti, vejam que até uma careca falsa (geralmente feita de látex) foi usada para deixa-lo parecido com o Dr. Pinotti que assumiu o caso no meio da história. 

Quem interpreta o Tancredo é o Othon Bastos (quem não se lembra dele como Sr. Julio em Éramos Seis). Ele lembra um pouco o Tancredo fisicamente, porém eles não são idênticos. 

 Aécio Neves (Lucas Drummond), também aparece no filme, na época ele ainda não era político, trabalhava como secretário do avô,  o cabelo do ator no filme não condiz com o visual dele na época. 

O ator Emílio Dantas (protagonista da novela Segundo Sol) dá vida a Antônio Britto, jornalista, que era o porta voz (um assessor de impressa) do presidente, após a morte dele Britto chegou a apresentar um jornal na Globo e também seguiu, carreira politica, no caso deste personagem a caracterização foi fiel ao visual da época e realmente ele ficou bem parecido.